Culpa

Culpa. Quando algo nos corre mal, temos a tendência de culpar alguém. A verdade é sempre díficil de aceitar, principalmente quando os tempos não são ideais. Achamos que ao culparmos outra pessoa, tudo ficará bem. E achamos que ao culparmos alguém, a nossa consciência já não fica tão pesada. A brisa já se torna mais leve. O problema, no entanto, não se resolve quando culpamos os outros pelos maus actos que fizemos. Porque apesar de termos uma consciência silenciosa, no final quem se engana somos nós e a nós próprios. Acabamos por perder alguém, que no final de contas nem teve culpa nenhuma, mas que estava ali ao pé e era quem mais fácil se poderia apontar defeitos.
Isto leva-nos ao problema de por vezes acharmos que desabafar de cabeça quente nos ajuda, que ao deitarmos toda a raiva para cima de alguém fica tudo bem. Mas enganamo-nos porque se torna um género de efeito do álcool, tem o seu auge no momento mas após algum tempo a ressaca está lá e o arrependimento também. Temos que aprender que um dos passos mais difíceis nesta vida, é sabermos quem somos e aceitarmos os nossos defeitos e tentarmos melhora-los. Não culparmos os outros pelos os nossos actos de irresponsabilidade, porque no final quando acumularmos acções destas, só nos vai cair em cima em grande. No entanto, se alguém, constantemente, nos culpa a nós pelos defeitos deles... aprendemos que afinal esse tipo de pessoas...não passam de pessoas como aquelas que passam na rua que a única coisa que têm em comum é um olhar durante um segundo numa vida inteira. Se essas não aceitam os seus defeitos, após errarem... torna-se problema deles. Só tens que aceitar que no final do dia, enquanto tu dás um passo para frente, eles dão um passo para trás. No entanto, no momento de desabafo isto torna-se impossível de entender, mas no final tu entenderás.